A PÓ

A pó de vir a ser - departamento de escultura em pedra - centro cultural de évora é uma associação cultural criada em 2017 para dar continuidade ao projeto do Departamento de Escultura em Pedra do Centro Cultural de Évora, cooperativa artística e cultural, fundada em 1986, e dedicada a assegurar o acesso dos escultores em pedra a um espaço com condições de trabalho para desenvolverem a sua investigação e prática artística, de modo colaborativo.  

Ao longo destes anos, a nossa atividade tem permitido o acolhimento de escultores de todas as nacionalidades e a transmissão de conhecimentos específicos, contribuindo fortemente para a vida artística e para o posicionamento cultural de Évora, quer a nível nacional, quer a nível internacional. A atividade continuada da pó de vir a ser garante a partilha de conhecimentos específicos que contribuem para a profissionalização dos artistas e das equipas e garante a sustentabilidade da prática escultórica, através do recurso a práticas sustentáveis que privilegiam a utilização de resíduos de mármore do Alentejo e através da criação e disseminação de metodologias facilitadoras, que aceleram e reconfiguram a própria conceção de escultura. 

Trabalha a partir do antigo matadouro municipal de Évora, um edifício construído de raíz  para tal função, no centro histórico da cidade, no último quartel do século XIX. As instalações oferecem condições ímpares para o acolhimento de residências artísticas e dispõem de equipamentos próprios necessários à produção de escultura em pedra, capacitação de artistas e apoio técnico qualificado. Os recursos disponibilizados pela associação contrariam algumas das limitações mais apontadas no acesso à prática escultórica: custos muito elevados de aquisição da matéria prima, difícil manutenção de equipamentos e a frequente ausência de espaço adequado para a prática. 


O  ANTIGO MATADOURO DE ÉVORA

A história do antigo Matadouro de Évora e da Associação que hoje sustenta a sua atividade cultural e informa a sua produção artística - a pó de vir a ser -, começa com a decisão pioneira de transformar um espaço industrial desativado, situado no centro histórico de Évora, em espaço de produção artística, ainda nos anos 80. Em 1986, este espaço foi cedido pelo Município, por protocolo, para a instalação do Departamento de Escultura em Pedra (DEP) do Centro Cultural de Évora. A instalação do DEP garantiu uma mudança de uso do edifício do século XIX sem que fosse necessário alterar as suas qualidades arquitetónicas originais. 

A localização geográfica deste espaço de produção artística e cultural não foi fruto de um acaso. O distrito de Évora é fértil em recursos geológicos, sendo o produto da sua extração e transformação um motor histórico da economia local e nacional. Ao longo destes anos, a defesa da continuidade da atividade cultural e artística que desenvolve neste espaço, tem permitido o acolhimento de escultores de todas as nacionalidades e a transmissão de conhecimentos específicos, contribuindo fortemente para a vida artística e para o posicionamento cultural desta cidade, quer a nível nacional, quer a nível internacional. 



OS ATELIERS DE ESCULTURA

As instalações oferecem condições ímpares para o acolhimento de residências artísticas e dispõem de equipamentos próprios necessários à produção de escultura em pedra, capacitação de artistas e apoio técnico qualificado. Os  recursos disponibilizados pela associação contrariam algumas das limitações mais apontadas no acesso à prática escultórica: custos muito elevados de aquisição da matéria prima, difícil manutenção de equipamentos e a frequente ausência de espaço adequado para a prática. A  atividade continuada da Pó é indissociável do espaço que ocupa e das suas valências: a Pó, enquanto plataforma capaz de produzir e gerar conhecimento sobre processos escultóricos, quer fazer da escultura um lugar para todos. O seu projeto artístico procura responder de modo amplo a essa missão.